Poemas de Flores de cinza

Edouard Gelhay, "A carta"
Museu de Belas-Artes de La Rochelle

Dora Gago

Ausência

Dançam cinzas solenes
silvando sopros de saudade,
céus
soletrados
no sangue
da solidão.



Resistência

Bailarinos incertos 
Deste tempo servil
Engolimos a música
No suor de cada melodia
enlaçados
Além da morte e da verdade.



destino

Na louca corrida
do galgo abandonado
solitário de existir,

lamber as feridas da morte
na pele do poema.



Oriente

Falar-te de palha de arroz, 
De arranha-céus e néons,
Do bulício de gentes e flores,
De templos, cheiros, incenso
E duma solidão a cortar
Mais que todos os punhais
Será tudo e tão pouco.

Compartilhe:

Três poemas

“A aventura é anciã”, três poemas de Marina Alexiou.

Duração

“para dentro do infinito mar, onde as histórias são contadas”

Oito poemas

Oito poemas do livro inédito Deus está furioso nas palavras dos profetas

Translate