Vitor Vilaverde Dias
O ano era 2016 e o Brasil vivia um período de transição entre mais de uma década de governo do Partido dos Trabalhadores (PT) e a entrada – ou retorno – de um projeto neoliberal comandado por Michel Temer, ex-vice-presidente e na época uma das lideranças do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Após o presidente da câmara, Eduardo Cunha, autorizar a abertura do pedido de impeachment e o vice-presidente Temer enviar uma carta pública anunciando à Dilma em dezembro de 2015, a consumação do rompimento entre os partidos, o PMDB reclamou um retorno ao protagonismo da política. O então vice-presidente dizia: “passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo” (Sadi). Com o divórcio entre os partidos, e a Operação Lava-Jato1 se consolidando cada vez mais como uma força política, o país passa o ano de 2016 assistindo ao afastamento do PT do governo, o que muitos passam a definir como um golpe parlamentar.
O impeachment formal acontece em abril de 2016, quando a presidenta Dilma Rousseff é afastada do cargo. Um mês depois, a equipe do filme Aquarius (Kléber Mendonça Filho, 2016) denuncia o golpe através de um protesto no tapete vermelho durante o 69º Festival de Cinema de Cannes. O filme de KMF mostra o conflito entre Clara (Sonia Braga) e a Construtora Bonfim – representada pelo jovem Diogo (Humberto Carrão), que pretende demolir o prédio Aquarius – onde a jornalista e crítica de música mora há décadas – e construir um novo empreendimento imobiliário. É a personificação, em tela de cinema, da crise política que se instalou no Brasil, do conflito entre as construtoras implicadas na Lava-Jato, o empresariado e a classe artística que entende o processo de impeachment de golpe. É a entrada em uma vertigem da democracia. Entre 2016 e 2020, a “democracia em vertigem”2 que vivemos parece se configurar com a banalização do mal e a velocidade de um algoritmo online. Desde que Jair Bolsonaro homenageia um torturador da ditadura militar, o Coronel Ustra, em seu voto pelo impeachment de Dilma, todo discurso que exalte o mal parece estar autorizado.
Não quero dizer que as palavras absurdas do novo grupo que chegou ao poder no Brasil não sejam criticadas pela oposição, mas sim que as pessoas que as proferem não demonstram o mínimo sinal de culpa por ações condenáveis. As ditas verdades do grupo que oprime e agride o próximo parecem estar acima de qualquer sofrimento individual ou coletivo. Jean Wyllys, ex-deputado federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e uma das maiores vítimas do linchamento virtual por meio de fake news, irá definir esse processo de ascensão da maldade como uma banalização “feita pelo ser humano comum que não se responsabiliza pelo que faz de ruim ou acha que o que faz de ruim não tem consequências para os outros” (Wyllys 17). Voltando ao filme Aquarius como exemplo, o que digo aqui é que nos tempos atuais me parece perfeitamente possível que Diogo pudesse demolir o prédio com Clara ainda dentro e, caso algum acidente acontecesse, a culpa seria da própria moradora. Estamos autorizados a odiá-la. Uma autorização, que como explica a filósofa e artista plástica Márcia Tiburi, “vem de uma manipulação não percebida a partir de discursos e de dispositivos criadores desse afeto [o ódio]” (Tiburi 27). Trata-se, em suma, de uma ascensão do fascismo que governa para interesses particulares sob uma faixada de combate ao “mecanismo”3 da corrupção, que justifica qualquer ódio. E assim, uma vez que o “fascista é impotente para o amor porque viveu experiências de ódio. Experiências sensíveis e intelectuais” (Tiburi 27), um dos primeiros alvos desse novo sistema é a cultura.
Quando assume a presidência após o golpe, Michel Temer decide, primeiramente, fechar o Ministério da Cultura e fazer com que este passe a existir como uma secretaria subordinada ao Ministério da Educação. Porém, após uma forte mobilização da sociedade e da classe artística – sobretudo em redes sociais, mas também realizando ocupações em diversos prédios e equipamentos culturais pelo país -, o presidente volta atrás em sua decisão e a cultura deixa de ser subordinada para continuar existindo como um ministério. Se com Temer a pasta ainda conseguiu algum suspiro, com a entrada de Bolsonaro não houve sequer essa possibilidade. Para além dos cortes, das paralisações das atividades por conta de instabilidades políticas, a área da cultura vem enfrentando inúmeros desafios nos últimos anos. Se por muito tempo a Agência Nacional do Cinema (ANCINE) fora capaz de se sustentar com um orçamento por vezes até maior do que o do próprio Ministério da Cultura, ao qual a agência é subordinada, muito por conta da existência do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA),4 entre 2016 e 2020 o desmantelamento da agência serve como exemplo da derrocada da política cultural no país.
Durante o mandato de Dilma Rousseff (2011-2016), a ANCINE funcionava com quatro diretores colegiados responsáveis pelas decisões da agência. Ao final de 2019, com a saída da produtora Debora Ivanov, a agência passou a funcionar pela primeira vez na história com apenas um diretor. Em entrevista à Folha de São Paulo, a época de seu desligamento, Ivanov ressaltou que: “nesses [meus] quatro anos de mandato, nós vivemos sob três presidentes da República, sete ministros [ou secretários] da Cultura, sete secretários do Audiovisual e sete diferentes diretores da Ancine, sendo que em dois períodos havia só dois diretores podendo agir ‘ad referendum'” (Sousa). A troca constante dos cargos de chefia permaneceu tanto na agência quanto no ministério. Mais recentemente, entre janeiro e fevereiro de 2020, o então secretário Roberto Alvim foi afastado do cargo após parafrasear o discurso do ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, enquanto anunciava um prêmio de arte.5 Para o lugar de Alvim foi indicada a ex-atriz global, Regina Duarte.6
Na contramão da crise política vivida na cultura, mesmo que o cinema brasileiro enfrente um dos piores momentos de sua história no que se refere às relações com o Estado, a repercussão internacional de diferentes obras é inegável. O mundo parece estar aberto para assistir histórias contadas por brasileiros. Os frutos de políticas de investimento das décadas anteriores circulam globalmente nas telas de cinema e em plataformas de streaming.7 Apesar da escassez cada vez maior de recursos públicos e da censura de temáticas LGBTQIA+ em editais do governo brasileiro,8 a produção audiovisual brasileira continua existindo.
Andor
Nesse contexto, o Instituto Querô, uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) em Santos reconhecida pelas produções cinematográficas com caráter social, havia recém-completado dez anos de existência e estava empenhada na produção de seu primeiro longa-metragem, Sócrates (Alex Moratto, 2019). Fundado pelo documentarista Carlos Cortez e pelas produtoras Debora Ivanov e Tammy Weiss, o Instituto foi a minha primeira porta para o mercado audiovisual, em 2007. Dez anos depois, o Querô me convidou para escrever um projeto de documentário de longa-metragem inspirado no livro Uma estrela na escuridão – A incrível história de Andor Stern, o único brasileiro sobrevivente ao holocausto (2017), de Gabriel Davi Pierin. A ideia era contar sua história em um documentário. Tratava-se de um registro a partir de uma narrativa biográfica. Hoje, apresento este filme como uma experiência de afeto, deslocamento e memória.
Após dirigir por mais de uma hora dentro da cidade de São Paulo, saindo do bairro da Liberdade,9 onde eu morava na época, cheguei ao bairro do Brooklin. A distância entre os dois bairros é de cerca de quinze quilômetros, mas o trânsito da cidade parecia tornar o deslocamento de centro até a Zona Sul uma viagem muito mais longa; era um deslocamento de um pequeno apartamento até uma casa cheia de histórias. Cheguei a uma rua de paralelepípedos com casas de muros altos e uma guarita de vigia em um canto da calçada. Em uma dessas casas, Andor Stern me aguardava ansioso para nossa primeira conversa. Stern usava óculos com uma armação escura e vestia uma camisa polo que deixava à mostra uma tatuagem no braço: 83892 ▼. A numeração seguida de um triângulo invertido designava que tais números já haviam sido usados em uma outra série de prisioneiros. Os números usados para identificar os prisioneiros dos campos de concentração não eram únicos; assim, os símbolos serviam como forma de diferenciar a qual grupo o prisioneiro pertencia, mas também era forma de mascarar a quantidade exata de prisioneiros. A estratégia nazista de criar um código próprio para a catalogação de prisioneiros também servia para camuflar informações durante a guerra. Naquele primeiro dia, Stern me disse que “judeus foram cientificamente, como os alemães são muito organizados, eliminados. Mas também os ciganos foram, os próprios alemães, os padres alemães, os gays, os professores, os antirregime, os socialistas, os comunistas. Toda a esquerda da Alemanha foi massacrada” (Stern, 2017). A partir dali, sempre que conversava com o André, como passei a chamá-lo, foi conversar com a pessoa que ele se tornou ao retornar ao Brasil após a guerra. Olhar para além do Holocausto, através de André, trata-se de entender as implicações das opressões vividas hoje, da crise que vivemos e relacioná-la com a História.
Este texto é uma versão editada do trabalho apresentado para obtenção do título de Mestre em Artes (Studies of The Portuguese Speaking World) pela Ohio State University, Estados Unidos, em 2020.
Notas
1 A Operação Lava-Jato foi uma investigação conduzida pela Polícia Federal no Brasil a partir de 2014. Entre 2014 e 2018 as fases operacionais foram autorizadas pelo então juiz Sérgio Moro (ex-Ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro). A Lava-Jato ficou conhecida como a maior investigação de corrupção já realizada em território brasileiro, com diversas prisões e condenações de políticos e empreiteiros – sendo a mais relevante a prisão do ex-presidente Lula. Para muitos, a Lava-Jato também foi responsável por uma retração na economia do país e um dos fatores que levou o país a uma crise econômica. Em 2019, a operação também foi acusada pelo site The Intercept Brasil como imparcial após o vazamento de mensagens trocadas pelo juiz Sérgio Moro e a promotoria responsável na operação. A mais recente história não coube neste trabalho.
2 Democracia em vertigem é o título do documentário da cineasta Petra Costa, lançado mundialmente pela Netflix em 2019. No filme, Petra constrói uma narrativa sobre os processos políticos que se iniciam no Brasil a partir das manifestações de junho de 2013 até a chegada de Jair Bolsonaro ao poder. Petra intercala essa vertigem democrática com sua própria história, como neta de um dos fundadores da construtora Andrade Gutierrez e filha de militantes de esquerda. O documentário foi extensamente premiado em festivais internacionais e conseguiu uma indicação ao Oscar 2020 de Melhor Documentário. Após a indicação, Petra e o filme sofreram uma extensiva campanha difamatória, sobretudo online, acusando o filme de distorcer a realidade dos fatos. Em fevereiro de 2020, dias antes da premiação do Oscar, a conta oficial da Secretaria de Comunicação do Governo Federal divulgou um vídeo em que atacava pessoalmente a cineasta, acusando-a de mentir em uma entrevista a um canal de TV norte- americano. Democracia em vertigem acabou não levando o prêmio de Melhor Documentário; o vencedor foi o filme American Factory (2019, Julia Reichert e Steven Bognar), que relata a dificuldade da classe operária em se mobilizar diante das diferenças culturais e dos novos arranjos do empresariado. O filme foi rodado em Ohio, estado que é minha atual residência.
3 O mecanismo é o nome de uma série de ficção da Netflix baseada no livro Lava Jato: o juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil (2016), de Vladimir Neto. A série é dirigida por José Padilha, responsável por filmes como Ônibus 174 e Tropa de Elite. Na época do lançamento da primeira temporada, a obra de ficção foi acusada pela ex-presidente Dilma Rousseff de ser “mentirosa e dissimulada”. Em abril de 2019, o diretor declarou que reconhecia o erro de ter apoiado Sérgio Moro. Em artigo publicado na Folha de São Paulo, Padilha diz que: “digo isso porque não há outra explicação: Sergio Moro finge não saber o que é milícia porque perdeu sua independência e hoje trabalha para a família Bolsonaro” (Padilha).
4 Instituído em 2006, o FSA é uma categoria do Fundo Nacional da Cultura que movimenta e destina recursos específicos para a indústria audiovisual. Os recursos do fundo provêm, majoritariamente, da arrecadação da CONDECINE (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional) e do FISTEL (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações). Por serem taxas específicas ao setor audiovisual e de telecomunicações, o FSA torna a indústria do audiovisual praticamente autossustentável.
5 Em janeiro de 2020, Roberto Alvim anunciou o lançamento do Prêmio Nacional das Artes em um vídeo divulgado oficialmente pelo governo. Como música de fundo do vídeo, o então secretário optou por Richard Wagner, o compositor favorito de Hitler. Entre as falas destacadas que fazem menção direta a Goebbels, o jornal El País destacou que, enquanto Alvim disse “a arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa […] ou então não será nada”, o ministro alemão havia se pronunciado no passado, dizendo: “a arte alemã da próxima década será heroica, será ferrenhamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa […] ou então não será nada” (Alessi). Não só o discurso mas também a composição visual e o enquadramento escolhidos por Alvim foram acusados de fazer referência direta ao ministro nazista.
6 Regina Duarte estreou na televisão em 1965 e em 1969 foi contratada pela Rede Globo, junto à qual interpretou papéis marcantes em novelas como Roque Santeiro (1985), Vale Tudo (1988), Malu Mulher (1979) e Rainha da Sucata (1990). A atriz ficou conhecida como a “namoradinha do Brasil” ao interpretar a órfã Patrícia em Minha doce namorada (1971). O posicionamento político da atriz sempre foi visto como problemático por grande parte da classe artística. Em 2002, por exemplo, ela gravou um vídeo dizendo “eu estou com medo” ao se referir a uma possível vitória do então candidato à presidência, Lula, que acabou vencendo as eleições.
7 Filmes brasileiros vêm marcando forte presença em festivais internacionais ao longo da última década. Se atentarmos somente ao ano de 2019 como exemplo, o filme Bacurau (Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles) levou o prêmio do júri no Festival de Cannes. No mesmo festival, A vida invisível de Eurídice Gusmão (Karim Aïnouz) foi o vencedor da mostra “Um certo olhar”. Já em Veneza, o documentário Babenco – alguém tem que ouvir o coração e dizer: parou (Barbara Paz) foi o grande vencedor da mostra de documentários. Olhando para as plataformas de streaming, a primeira série original Netflix produzida no Brasil, 3% (Pedro Aguilera), teve sua quarta e última temporada lançada em 2020. A série tornou-se a produção de língua não inglesa mais assistida nos Estados Unidos.
8 Em março de 2016 foi publicado um edital com fundos do FSA para séries destinadas a TVs públicas. Entre as temáticas contempladas estava a criação de conteúdo voltado e sobre o público LGBTQIA+. Contrariado a publicação do edital, o presidente Jair Bolsonaro manifestou-se, ameaçando a atual diretoria da Ancine, e o edital foi suspenso.
9 O bairro da Liberdade é um bairro central na cidade de São Paulo. Leva esse nome pois durante a escravidão no Brasil a região era conhecida como Campo da Forca. Isso porque, na Igreja de Santa Cruz, localizada no bairro, diversos negros escravizados tiveram seu fim. A igreja também é conhecida como Igreja dos Enforcados. A Liberdade também é um bairro vizinho ao bairro do Bixiga, vizinhança na qual André nasceu em 1928.
Bibliografia
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